ELENCO: Klaus Kinski … Fitzcarraldo, José Lewgoy … Don Aquilino, Miguel Ángel Fuentes … Cholo, Paul Hittscher … capitão Orinoco Paul, Huerequeque Enrique Bohorquez … Huerequeque, o cozinheiro, Grande Otelo … chefe da estação, Peter Berling … gerente da ópera, David Pérez Espinosa … chefe indígena, Milton Nascimento … negro no teatro, Ruy Polanah … barão da borracha, Salvador Godínez … velho missionário, Dieter Milz … jovem missionário, William L. Rose … notário, Leoncio Bueno, Claudia Cardinale … Molly
Rever esse épico do cineasta alemão Werner Herzog é sempre uma obrigação cinéfila. Para quem não conhece a história, narra a aventura de Brian Sweeney "Fitzcarraldo" Fitzgerald (Klaus Kinsky), um aventureiro do início do Século 20. Irlandês, ele morava em Iquitos, parte peruana do Amazonas. Um grande sonhador, ele chegou a construir parte de uma ferrovia que iria atravessar a Amazônia, mas teve que parar a construção por falta de verba. Agora, ele mantém uma pequena fábrica de gelo, também sem muito sucesso. Amante de ópera, seu sonho é trazer o cantor lírico Caruso, para cantar em um Teatro que ele quer construir em plena selva amazônica. Para tanto, ele precisa seguir em uma missão: atravessar o Rio Amazônico para pegar uma remessa de borracha e com isso, bancar a construção do seu teatro. A cafetina Molly (Claudia Cardinale) compra uma embarcação e assim, Fitzcarraldo segue em sua missão. O filme em si virou lenda, pois ficção e realidade se tornaram reais. Na mais famosa sequência do filme, a embarcação, que pesa 320 toneladas, é arrastada montanha acima por índios. Herzog, determinando, quis por que quis que essa cena acontecesse, apesar da enorme grita de todo mundo, de que seria impossível. O filme é a idealização do desejo de Herzog em afirmar que nada é impossível quando se quer algo. As histórias de bastidores são tão interessantes quanto o filme: Jason Robards teve que abandonar o filme, com 40 por cento do filme rodado e substituído por Kinsky, que na época estava brigado com Herzog. Grande Otelo, Milton Nascimento e José Lewgoy participam do filme, em pequenos papéis. O filme visualmente é escandaloso, e somente comparável em termos de grandiosidade e loucura acredito, com "Apocalipse now", de Coppola. São filmes que marcam uma época, onde tudo era real, não existia computação gráfica. Os cineastas tinham que ser muito ensandecidos e acredtar em seus sonhos, tendo que arrastar toda a equipe e produção com eles, caso contrário, seria impossível. O filme é longo (157 minutos), porém cada fotograma dele é um primor, uma obra de arte, fotografado com maestria por Thomas Mauch e com trilha sonora de Popol Vuh. É uma experiência, e se possível, assistam em tela grande. Klaus Kinsky e Werner Herzog são duas divindades cinematográficas que merecem todo o culto de suas obras. Várias cenas antológicas, como a própria do barco sendo arrastado morro acima, ou a chegada das canoas com os índios e as árvores caindo por trás deles. Hoje em dia, seria impossível fazer esse filme. A floresta foi devastada, e índios, dizem, morreram durante a filmagem. Vencedor do Prêmio de Direção em Cannes 1982.
DIREÇÃO: John Huston
Em um campo alemão de prisioneiros de guerra o major Karl von Steiner (Max Von Sydow), que já tinha pertencido à seleção alemã de futebol, tem a ideia de fazer um jogo entre uma seleção dos prisioneiros aliados, liderados pelo capitão John Colby (Michael Caine), um inglês que era um conhecido jogador de futebol. Colby também teria a tarefa de selecionar e treinar o time, para enfrentar o time alemão no Estádio Colombes, em Paris. Enquanto os nazistas, com exceção de Steiner, planejam fazer de tudo para vencer o jogo e assim usar ao máximo a propaganda de guerra nazista, os jogadores aliados planejam uma arriscada fuga durante a partida.
Dirigido por Jochen Hick
Elenco: Peter Senner - Frank, Guilherme de Pádua - José, Yves Jansen - diretor da TV alemã, Margarita Schmidt - Lucia, José Carlos Berenguer - Sergio, Gustavo Motta - Ulieno, Luiz Kleber - Mário
Realizado em 1989 por uma produção alemã, é com certeza um dos únicos registros filmados no Rio de Janeiro que mostra a cidade por uma outra faceta. Um olhar maldito e underground sobre os pontos de prostituição masculina (saunas gays, Galeria Alaska, Via Appia) no auge do temor da Aids. Mendigos, travestis, miches, pivetes, gringos em busca de sexo, o misticismo religioso. Você jamais viu uma mistura tão explosiva, um filme que mostra a cidade carioca da forma mais apavorante e feia possível: escura, perigosa, cenário de filme de terror. Nessa terra de ninguém, se desenrola a história de Frank, comissário da Lufthansa que retorna ao Rio para encontrar o garoto de programa que o contaminou com o vírus. Ele vem junto de uma equipe documental de uma televisão alemã para fazer um registro do submundo carioca. Ele é ajudado por José (Guilherme de Pádua), um garoto de programa que o auxilia na busca do cara que o contaminou. O filme é realizado através do olhar documental. Usando uma câmera de 16 mm, Hick faz da câmera subjetiva a testemunha de uma época que assustava pela sua libertinagem. Tudo era permissivo, sem medo, sem culpa. Hoje em dia essa câmera subjetiva virou clichê, mas aqui, era novidade. O filme, por ser de baixo orçamento tem uma realização muito tosca. Mas daí reside o seu charme. Maldito, perverso, fetichista, proibido para menores e pessoas sensíveis. O Guilherme de Pádua anos depois se envolveu em um caso de assassinato que enterrou de vez suas pretensões de ser artista. Muita nudez, muito sexo e a prova de que o cinema nos anos 80 era muito livre. A trilha sonora é recheada de sons eletrônicos e sintetizadores.
Em 2016, Ang Lee lançou um filme que parecia revolucionar a estética da narrativa clássica dos filmes: "A longa caminhada de Billy Lynn", um drama de guerra, foi rodado com 120 quadros por segundos (quando o normal são 24 quadros), e em 3D, conferindo ao filme uma imagem de ultra-realidade. O filme foi um tremendo fracasso comercial, e aqui no Brasil nem foi lançado comercialmente. Agora, com "Projeto Gemini", Ang Lee repete a mesma revolução tecnológica, só que dessa vez, com o chamado "Tecnologia 3D+". O filme, diferente do anterior, é uma adrenalina só, investido pesado em cenas de ação, no formato "Missão impossível" e "John Wick": todo mundo quer matar o herói, que roda o mundo atrás dos culpados pelas mortes de pessoas próximas. Will Smith é Henry Brogan, um assassino profissional, contratado pelo serviço secreto para matar traficantes e corruptos, que ao completar 51 anos, cai em crise moral e decide se aposentar. Só que Henry se vê metido em um plano conspiratório e precisa ser assassinado por saber demais: o próprio serviço secreto que o contratou por décadas, agora quer eliminá-lo. Clive Owen interpreta o chefão desse grupo, Clay, que envia um clone mais jovem de Henry (o próprio Will Smith, rejuvenescido) para matá-lo. Henry conta com a ajuda de uma agente, Danny, e de um amigo chinês, Baron. Aliás, todo filme co-produzido pela poderosa Alibaba Films, da China, investe em elenco chinês em seus filmes. De fato, a tecnologia impressiona, e Ang Lee filma uma sequência de tirar o chapéu: a perseguição de moto na Colômbia. É uma cena muito impressionante em termos de efeitos, decupagem e direção. Outras cenas são muito boas, mas o que de certa forma prejudica o filme, é o roteiro, que não confere surpresas e aposta em caminhos óbvios. Quem busca um passatempo, irá se deliciar com o filme. Will Smith como sempre está divertido e carismático, e o destaque vai para a talentosa Mary Elizabeth Winstead, no papel da corajosa e vibrante Danny.
O que The Killer, de Michael Fassbender, e David, seu personagem robôtico em "Prometheus" têm em comum? Ambos não piscam os olhos. São frios. E não tem nenhum tipo de compaixão pelas vítimas. "The killer" é adaptado da Graphic novel de 7 livros francesa escrita por Alexis "Matz" Nolent e ilustrada por Luc Jacamon. O filme é dirigido por David Fincher, um dos cineastas mais reverenciados pela turma cinéfila no mundo. A expectativa sobre o filme era gigante, e afinal, muita gente se frustrou, inclusive eu aqui. O filme é muito bem dirigido, tem cenas brilhantes (a cena de Fassbender com Tilda Swinton é um show de atuação), tem sangue frio, tem violência, tem excelente técnica na fotografia, montagem e o melhor de tudo, a trilha sonora é toda de músicas dos The Smiths. Pois aonde o filme ficou devendo, é justamente no roteiro, bastante simples e sem muitas reviravoltas. Fassbender é The Killer. Após uma missão que deu errado, matando uma inocente, a punição é que alguém que ele ame seja punida. Sobrou para a sua namorada, interpretada por Sophie Charlotte. The killer decide então se vingar de todos que ousaram atacar a mulher que ele ama. O filme não me empolgou como eu queria, muito por conta de sua narrativa fria e pelos offs do protagonista que trazem elementos do Noir. Mas tem momentos muito bons. Além da cena de Tilda tem um que acompanha a secretária de um advogado que é incrível também. No futuro, vou querer rever o filme e certamente irei gostar bem mais do que agora. A maldita da expectativa acaba nos matando o desejo de apreciar o filme.
Em 2007, o filme "Grindhouse" trazia alguns trailers falsos, entre eles, de "Thanksgiving", dirigido por Eli Roth. Dezesseis anos depois, o cineasta retorna com a versão longa-metragem do filme, fazendo um enorme sucesso comercial e de crítica, e já despontando como uma nova franquia. Diferente do trailer, que tem um humor mais tosco, o filme apela mais ao terror, sem jamais perder o frescor juvenil. Roth conhece o seu público e investe em bastante gore nessa retomada do slasher. Algumas mortes particularmente são bem violentas. Mas o mais divertido é ver que boa parte das mortes que estão no trailer, constam do filme. É Dia de Ação de Graças em Plymouth, Massachusetts, e todos na cidade estão entusiasmados com as vendas da Black Friday. A cidade toda aguarda a abertura das portas. Mas o grupo de amigos de Jessica, filha do dono da loja, provocam a população, e tudo acaba em tragédia, com 4 mortos, entre elas, a de Amanda (Gina Gershow). Um ano depois, com o vídeo da confusão viralizado, os amigos procuram seguir a sua vida. Mas um serial killer surge, fantasiado de peregrino do século XVII e portando um machado, e vai matando um a um. Cabe ao xerife Eric Newlon (Patrick Dempsey) desvendar quem é o assassino, antes que mais mortes ocorram. Para bom entendedor, é fácil identificar o assassino. Mas nem me parece que Eli Roth está preocupado com sua identidade, e sim, em trazer todos os elementos que fazem um bom slasher. Nada no roteiro é inovador, a formula é batida. Mas é um filme delicioso de se assistir, com cenas exageradas e aquele desfecho que já vimos em tantos filmes. "Sexta feira 13", "Feliz aniversário para mim", entre outros, têm cenas reproduzidas aqui.
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O Cineasta Chris Columbus tem em seu currículo alguns clássicos da comédia que depois foram copiados inúmeras vezes, entre eles "Esqueceram de mim", "Uma babá quase perfeita". Depois lançou a franquia de "Harry Potter", filmando os 2 primeiros filmes. Entre vários de seus filmes da vasta cinematografia, surpreendeu fazendo um raro filme adulto, o musical "Rent". Mas Columbus quando erra, erra feio. O maior exemplo talvez seja esse "Pixels". De um ótimo argumento, saiu um filme totalmente meia bomba. Não diverte, é enfadonho e pior, não se define como gênero. Quando quer ser engraçado, é totalmente sem graça. Quando quer ser romântico (entre os personagens de Adam Sandler e de Michelle Monaghan, a oficial da Casa Branca), não existe química alguma. Quando quer ser ação e aventura... nossa, que falta de dinâmica e ritmo. Pior é desperdiçar bons atores, como Peter Dinklage, que quase não faz Cinema por conta da agenda em "Game of Thrones", mas acabou nessa roubada. Era para ser uma grande homenagem ao Universo Nerd, mas poxa, o roteiro não ajuda nem um pouco nessa nostalgia. Sem emoção e sem sentimentos. Ficou tudo muito forçado. Pena mesmo, porquê eu esperava bastante do filme. Em primeiro lugar, toda a parte romântica do filme deveria ter sido deletada, e investir mais na ação. Em se tratando de homenagear games dos anos 80, sinceramente, fico mil vezes com o desenho "Detonando Ralph", que é sensacional e inteligente em todos os aspectos. E o que mais me incomoda aqui no roteiro é que, entre uma batalha e outra, parece que nada aconteceu, todo mundo comemora como se a batalha anterior fosse a situação mais corriqueira do mundo. Mas enfim, só pela intenção de se falar de uma nostalgia dos anos 80, e incluir algumas músicas top da época (entre elas, "Everybody wants to rule the world"), acho que dói menos. E pra valer, a única piada que ri, foi quando falam da cantora Madonna. E quanto ao Adam Sandler? Bom, não tenho ódio dele não, mesmo porquê gosto de alguns filmes dele, mas aqui ele está totalmente no automático.
DIREÇÃO: John Boorman
ELENCO: Powers Boothe ... Bill Markham, Meg Foster ... Jean Markham, Yara Vaneau ... Heather, William Rodriguez ... Tommy, Estee Chandler ... Heather, Charley Boorman ... Tomme, Dira Paes ... Kachiri, Eduardo Conde ... Uwe Werner, Ariel Coelho ... Padre Leduc, Peter Marinker ... Perreira, Mario Borges ... Costa, Átila Iório ... Trader, Gabriel Archanjo ... Trader's Henchman, Gracindo Júnior ... Carlos, Arthur Muhlenberg ... Rico, Chico Terto ... Paulo, Ruy Polanah ... Wanadi, Maria Helena Velasco ... Uluru, Tetchie Agbayani ... Caya, Paulo Ribeiro ... Mapi, Aloisio Flores ... Samanpo, Joao Mauricio Carvalho ... Monkey, Isabel Bicudo ... Kachiri's Cousin, Patricia Prisco ... Kachiri's Cousin, Silvana de Faria ... Pequi, Alexandre Cappelli ... Invisible Tribe Warrior, Antioni Japones ... Invisible Tribe Warrior, Candido Silveira ... Invisible Tribe Warrior, Diocelio Nascimento ... Invisible Tribe Warrior, Fabio Da Silveira ... Invisible Tribe Warrior, Fernando Pires ... Invisible Tribe Warrior / Fierce Tribe Warrior, Haroldo Da Silva Pampolha ... Invisible Tribe Warrior, Itakati Croaia ... Invisible Tribe Warrior, Jorge Luiz Coelho De Mello ... Invisible Tribe Warrior, Jose Ademir Dos Santos ... Invisible Tribe Warrior, Marcos Tuantagno ... Invisible Tribe Warrior, Evandro Mesquita ... Invisible Tribe Warrior, Nilsen Accioli ... Invisible Tribe Warrior, Sergio Martins ... Invisible Tribe Warrior, Wanderley ... Invisible Tribe Warrior, Wladimir Oliveiro ... Invisible Tribe Warrior, Ana Lucia Dos Rei ... Tribeswoman, Elidia Moraes ... Tribeswoman, Elisette Costa Oliveira ... Tribeswoman, Ivana Barbosa Freitas ... The Tribeswomen, Jurema Carvalho ... Tribeswoman, Walkiria De Freitas ... Tribeswoman, Claudio Moreno ... Jacareh, Antonio Rodriguez Neto ... Fierce Tribe Warrior, Coluene Kodwell ... Fierce Tribe Warrior, Delnilto Gomes ... Fierce Tribe Warrior, Guto Macido ... Fierce Tribe Warrior, Iran Magalhaes ... Fierce Tribe Warrior, Jandir Carvalho Leite ... Fierce Tribe Warrior, José Maria Carvalho ... Fierce Tribe Warrior, José Maria Gomes De Silva ... Fierce Tribe Warrior, Luiz Carlos Felix ... Fierce Tribe Warrior, Luis Fernando Machado ... Fierce Tribe Warrior, Roberto Ferreira ... Fierce Tribe Warrior, Marcela Toneao ... Fierce Tribe Warrior, Ricardo Costa De Sousa ... Fierce Tribe Warrior, Ronaldo Alves ... Fierce Tribe Warrior, Sergio Espirito Santo ... Fierce Tribe Warrior, Welison De Azvedo Santos ...Fierce Tribe Warrior
Bill Markham (Powers Boothe) é um engenheiro norte-americano que viaja ao Brasil com sua família para trabalhar na construção de uma grende represa hidrelétrica na floresta Amazônica. Para isso, será necessário devastar diversas áreas verdes e desabitar todas as comunidades que trabalham e moram na região. Como uma forma de vingança, uma tribo indigena conhecida como “Os índios invisíveis”, por usarem um pó a base de esmeraldas, rapta o filho de Bill, Tommy, de apenas 7 anos, que passa a ser criado como uma grande guerreiro de costumes indígenas. Dez anos depois, pai e filho, que agora atende por Tommé (Charley Boorman), se reencontram e as fortes diferenças culturais tornam a situação constrangedora. Mas Bill vai superar seus preconceitos para ajudar os companheiros de seu filho, que sofrem ameças de outras tribos e dos “Homens brancos”. Baseado em uma história real.
DIREÇÃO: Andy Tennant
Alex “Hitch” Hitchens (Will Smith) é um lendário, e propositalmente anônimo, “doutor do amor”, que vive em Nova York. Em troca de uma determinada taxa, ele se dispõe a ajudar homens a conquistar as mulheres de seus sonhos. Enquanto trabalha para Albert (Kevin James), um contador que se apaixonou pela socialite Allegra Cole (Amber Valletta), Hitch conhece a mulher que acredita ser sua própria cara-metade: a jornalista Sara Melas (Eva Mendes). Apaixonado, Hitch decide conquistá-la mesmo correndo o risco de ter sua identidade desvendada pelo jornal em que Sara trabalha.
Dirigido por Lee Tamahori
Cris Johnson (Nicolas Cage) é um mágico de Las Vegas que possui o dom de prever alguns minutos do futuro próximo. Esta habilidade o ajuda em seu trabalho e também nas mesas de blackjack dos cassinos, onde consegue uma boa quantia. Os guardas da segurança de um cassino estão de olho nele, tentando descobrir qual é o truque que Cris usa com as cartas e que lhe dá tanta sorte. Paralelamente a agente Callie Ferris (Julianne Moore) o procura para que a ajude a impedir um ataque terrorista em Los Angeles. Porém à medida que o tempo passa a ameaça de uma explosão nuclear torna-se mais real, fazendo com que Cris seja a peça-chave para impedir que uma tragédia ocorra.
Vencedor dos Globos de ouro de melhor filme dramático e de melhor diretor, "Os Fabelmans", como todo mundo já sabe e o próprio diz antes do filme começar, é seu filme mais pessoal, porque fala sobre a sua história, mesmo que ficcionalizada. Estão ali a sua primeira ida ao cinema para ver "O maior espetáculo da terra", a sua paixão em querer fazer filmes, contrariando as expectativas de seu pai, técnico de computação; a traição de sua mãe; o anti-semitismo sofrido na High school, seu primeiro amor. Spielberg no filme se chama Sam Fabelman (Mateo Zoryan quando criança e Gabriel LaBelle na fase adolescente). Sua mãe, Mitzi, é Michelle Willians, e seu pai, Burt, Paul Dano. O melhor amigo de seu pai, Bennie, é Seth Rogen. Mas certamente a melhor participação surge na última cena: o cineasta David Lynch dando vida a outro grande cineasta, John Ford. Uma cena sublime. O filme começa nos anos 50 e vai até final dos anos 60, quando Sam é contratado para trabalhar em programas de tv, antes de realizar seu primeiro filme, "Encurralado", em 1971, que mesmo realizado para a tv, tem uma brilhante linguagem cinematográfica. Spilberg trabalha com seu time campeão de sempre: o fotógrafo Januz Kaminsky, o compositor John Willians, o roteirista com quem trabalhou em "Munique" e 'West side story", Tony Kurshner. Para os fãs de Spilberg e cinéfilos, é emocionante quando vemos os easter eggs de "Et", "O resgate do soldado Ryan", "Poltergeist" e creio eu, de "Caçadores da arca perdida". Os atores estão todos maravilhsoos: Tem uma cena especial de Michelle Willians, onde ela conversa com Sam sobre a personalidade do marido, que ela não consegue ter raiva dele, e muda o assunto para temas triviais. Um primor.